1981.... No dia 19 de Fevereiro a FJV festejou seus 11 anos de fundação ao lado do VASCO, nesse mesmo ano a FORÇA JOVEM desfilou numa ala da Imperatriz Leopoldinense “Lalá do Futebol”...
Jornal
dos Sports 19 de Fevereiro de 1981
Cada vez mais a Torcida continuava organizando Caravanas
Jornal do Brasil 17 de Abril de 1981 / Jornal do Brasil 19 de Maio de 1981
Jornal do Brasil 17 de Abril de 1981 / Jornal do Brasil 19 de Maio de 1981
A FJV compareceu em peso e faz uma grande festa na Reinauguração de São Januário no jogo VASCO 3x0 santos.
Jornal dos Sports, Coluna Bola em Jogo, 19 de Junho de 1981
No Rio, a Torcida FORÇA JOVEM celebrou a missa de um ano pela morte de Georgina Carvalho de Barros (Vovó), uma das mais fervorosas torcedoras Vascaínas, na Capela de Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário.
Jornal dos Sports 18 de Agosto de 1981
FORÇA JOVEM protesta contra a corrupção no futebol, como consequência das denúncias sobre corrupção no futebol, a ASTORJ (Associação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro), resolveu protestar nas partidas deste fim de semana, colocando suas faixas nos Estádios pelo avesso. A finalidade é demonstrar o repúdio do torcedor aos fatos denunciados e exigir a apuração rigorosa do caso, segundo um dos membros da Diretoria, Ely Mendes da FJV. A manifestação com as faixas não conta com o apoio da Vice Presidente da Associação e Chefe da Renovascão, Dulce Rosalina, que não considera não haver motivo para desprestigiar Clubes e jogadores não envolvidos em denúncias e promete colocar suas faixas no Maracanã normalmente amanhã.
Jornal do Brasil 31 de Outubro de 1981
É criada a Associação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro (ASTORJ), fruto de uma tentativa de maior entrosamento e de uma abertura para o diálogo entre os representantes das Torcidas de times rivais, a congregação dos interesses comuns dos torcedores em geral e das Torcidas Organizadas, em particular, sob o lema geral estampado no símbolo de sua camisa: “Congregar, Congraçar, Unir”. Este movimento foi desencadeado pelos líderes das principais Torcidas do Rio de Janeiro: Cláudio Cruz e Roberto Branco da Raça Rubro Negra; Ely Mendes da Força Jovem do Vasco; Niltinho da Torcida Jovem do Flamengo; Seu Armando da Young-Flu; Russão da Torcida Folgada do Botafogo, entre outros. Foi uma tentativa de agrupamento em torno de interesses comuns. Entre 1981 e 1984, torcedores fazem piquetes e boicotes pela redução do preço dos ingressos, entre outras reivindicações. Mas no fim da década a violência urbana explode e o futebol acompanha isso. Latente e difusa durante certo tempo entre os torcedores, a idéia seria materializada e concretizada em 1981, por iniciativa de Armando Giesta, então líder da Torcida do Fluminense, a Young-Flu. Ao todo, a Associação contaria com cerca de quinze anos de existência. Seu primeiro Presidente seria o próprio idealizador, que ficaria à sua frente entre 1981 e 1983. Em seguida, ela seria comandada por Wilson Amorim, da Bancica, uma Torcida Organizada do Bangu, indo de 1984 a 1986. Dentro da rotatividade prevista para as lideranças segundo a diversidade de Torcidas de cada Clube, o Presidente seguinte foi Roberto Branco, da Raça Rubro-Negra, que presidiu a ASTORJ entre 1987 e 1989. Sem passar pelas lideranças de Torcida de Vasco e Botafogo, que viam com reservas a entidade, o comando retornou a Armando Giesta e durou até meados da década de 1990, quando a entidade foi dissolvida, em meio à falta de representatividade e à incapacidade de sanar o principal estigma que acometia e pesava sobre as Torcidas Organizadas: as rixas, as brigas, os confrontos, numa palavra, a violência. Vale dizer que uma associação similar existiu em São Paulo, tendo sido lançada cinco anos antes (1976) que no Rio de Janeiro.
A instituição da ATOESP (Associação das Torcidas Organizadas do Estado de São Paulo) remonta suas origens ao final da década de 1970. Ela foi Presidida de início por Flávio de La Selva, fundador dos Gaviões da Fiel, embora pouco se saiba acerca de seu funcionamento. No caso das Torcidas cariocas, o propósito e a justificativa imediata para a sua criação foram a reivindicação de um assento e do direito a voto no Conselho Arbitral da Federação de Futebol do Estado do Rio (FERJ), então sob gestão de Otávio Pinto Guimarães, a fim de influenciar no processo decisório sobre uma polêmica questão e muito concreta na época: o preço dos ingressos. ASTORJ abrangia ainda o controle sobre a distribuição das credenciais aos Chefes de Torcida, até então concedida diretamente a cada Líder, para a entrada gratuita nos jogos, e a solicitação de uma Sala para a entidade nas dependências do complexo do Estádio do Maracanã – além das Salas já existentes, restritas a uma por Clube –, medidas cuja autorização competia por seu turno à SUDERJ e, portanto, ao Governo do Estado. “A princípio fui contra a criação da ASTORJ, a Associação de Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro, concebida por seu amigo Armando Giesta, e admite que participou muito pouco da entidade. A sede funcionava no Maracanãzinho, com reuniões às segundas-feiras à noite. A associação não decidia nada, apenas deliberava quem teria direito às credenciais. Foi centralizadora e, a seu ver, tirou força das pessoas efetivamente ligadas às torcidas organizadas. As greves das Torcidas contra o aumento dos ingressos ocorreram, foi um movimento geral de união, mas não passaram de maneira exclusiva pela ASTORJ”. Disse Sérgio Aiub da Torcida Jovem Flu.
Fonte: "O Clube Como Vontade e Representação, O Jornalismo Esportivo e a Formação das Torcidas Organizadas do Futebol do Rio de Janeiro" de Bernardo Borges Buarque de Hollanda da Editora 7 Letras.
Fundada em 16 de junho de 1981, como Associação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro – ASTORJ, a mesma foi idealizada por torcedores ilustres e grandes baluartes das arquibancadas cariocas. E tiveram como missão manter um diálogo democrático entre todas as torcidas organizadas e propagar uma voz única em prol dos direitos dos torcedores. Contudo, a ASTORJ foi dissolvida no em 1993, quando foi extinta por falta de representatividade e em razão do recrudescimento das brigas e da inimizade entre os componentes dos grupos rivais. No entanto, durante pouco mais de uma década, essa entidade manteve reuniões semanais regulares, sempre às segundas-feiras, no Maracanã. Entre outras conquistas, a ASTORJ obteve o direito a vinte e três salas dentro do Estádio Mário Filho e promoveu rodadas de negociação com o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), à época o Sr. Otávio Pinto Guimarães. Em parceria com a ASTORJ, a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro concebeu em 1991 a criação do GEPE, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios, que se tornou hoje uma referência para a polícia em termos nacionais. Além disso, a ASTORJ protagonizou greves e boicotes contra o aumento do preço dos ingressos, em um momento histórico da vida brasileira em que a inflação corroía, dia a dia, semana a semana, o salário dos trabalhadores e das classes populares. Dentre as lideranças da época, destacam-se, entre outros: Seu Armando (Young Flu), Cláudio Cruz, Branco e Bocão (Raça Rubro-Negra), Ely Mendes (Força Jovem do Vasco), Roberto (Falange Rubro-Negra), César Amâncio (TOV), Sérgio Aiub (Torcida Jovem Flu) e Amorim (Bancica, Torcida Organizada do Bangu).
Fonte: Livro A voz da arquibancada Narrativas de lideranças da Federação de Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro (FTORJ) de Bernardo Borges Buarque de Hollanda; Jimmy Medeiros e Rosana da Câmara Teixeira da Editora 7 Letras 2015
ASTORJ Jornal dos Sports 1981
A Torcida do Vasco desta vez promete, amanhã, não haverá a vantagem numérica em favor do Flamengo, como no domingo. Ontem, grande movimentação por parte dos Chefes das Facções da Torcida Vascaína e todos obviamente animados com o sucesso do time. Mas no domingo, a tarefa de torcer não foi das mais fáceis. Ely Mendes, Chefe da Força Jovem, contou um lance pitoresco. “Conseguimos 5 mil bolas de aniversário para soltar no Maracanã. Chegamos lá as 11 horas e ficamos até as 15 horas enchendo. Trinta caras para encher tantas bolas , acabou não dando tempo. Ficamos cansados, enchemos apenas 1 mil 500 e mesmo assim fomos mais entusiasmados do que o Flamengo." Para amanhã, papéis picados e as bolas já estão providenciados. Falta agora encontrar uma fórmula para encher as bolas mais rapidamente. Isso, no entanto, não está preocupando Ely. .”Vamos torcer mais do que eles novamente. Vamos acabar com essa história de campeão Mundial. Isso não existe. No máximo, é campeão interclubes, já que estão disputando um título apenas entre dois continentes. E os outros?”
Jornal do Brasil 01 de Novembro de 1981
O torcedor do Vasco que for a Volta Redonda, onde o time de Futebol joga com a equipe local, terá oportunidade de seguir direto daquela Cidade para o Maracanazinho e assistir a final do basquete, entre Vasco x Francana, pelo Grupo F do Campeonato Brasileiro. O esquema que envolve cerca de 16 ônibus especiais, está sendo acertado entre os dirigentes e as várias facções da Torcida, inclusive com previsão de que os torcedores já tenham antecipadamente adquirido os ingressos. Os Diretores Fernando Lima e José Luís Velho vão reunir-se com Ely Mendes da Força Jovem, Dulce Rosalina da Renovascão e César da TOV e solicitar deles um apoio as outras Torcidas para que todos compareçam aos jogos do Brasileiro de Basquetebol, pois as rendas poderá influir para que as finais sejam no Rio.
Jornal do Brasil: 02 de Novembro de 1981
FORÇA JOVEM 1981, os tempos não eram bons, o adversário ganhava tudo, colocar camisa, atuar pela FJV nesse tempo era bravura... Faixa da FJV ficava comigo, eu era o responsável em colocar faixa da Torcida em jogos fora de São Januário, Maracanã, já coloquei faixa da FJV do sul até o nordeste, já coloquei faixa da FJV em todos os ginásios do Rio de Janeiro... Alguns momentos também já coloquei faixa da FJV no Estádio de Remo da Lagoa, no ginásio da Gávea, num VASCO x Flamerda no futebol de salão, era um inferno aquilo, precisamos sair com dois camburões, eu e outras oito cabeças... Na FORÇA JOVEM fiz dezenas de amigos, uma família que ganhei, algumas dessas amizades num grau parentesco... Cheguei ser nomeado pelo Ely Mendes em 1982 como Diretor, depois Relações Públicas, uma vez fui na Rádio Nacional com o Maluco (Omar), não tinha energia elétrica, subimos os vinte três andares do prédio da Rádio Nacional a pé, chegamos lá cima morto, tenho 550 cartas publicadas no Jornal dos Sports... Perdi uns três bons empregos quando atuava pela FJV, um deles quando eu trabalhava com o Diretor da Atlântica Boa Vista de Seguros... Mas valeu, aprendi muito na FJV, uma faculdade na minha vida, um precioso aprendizado!!!
Odilon Silva, 1981
1981: Presidente Ely Mendes e Relações Públicas Leila Márcia

















